terça-feira, 7 de setembro de 2010

O tema que toda a gente aborda

Após ler alguns blogues senti-me na obrigação de falar sobre o caso Casa Pia, eu sei que sou só um adolescente de 16 anos, mas não é a idade que conta, mas sim a mentalidade. Também vos queria mostrar que este blogue é mais do que um diário e/ou site porno (ok, exagerei um pouco).
Voltando à Casa Pia, compartilho a minha opinião com o Mark, não imagino o Carlos Cruz envolvido numa situação destas, pelo menos não tão envolvido como a maioria das pessoas pensa. Mas verdade seja dita, muitos meninos dizem coisas apenas porque lhes deram ténis de marca e compraram "rebuçados", mesmo que seja crime mentir em tribunal.
No entanto, se foram julgados e condenados é porque existem provas, embora algumas delas sejam falsas, nomeadamente as confissões das supostas vitimas.

Mas também há uma coisa que me intriga, e não estou de modo algum a defender os condenados: Porque será que um assasino é julgado e posto em liberdade? Porque será que um cidadão que viola a irmã, ou seja incesto, é posto em liberdade? Porque será que um pai que viola a filha é absolvido? Porque será que um marido que espanca a mulher e que lhe a incendeia é considerado louco? Porque será? Porque será?
O que eu quero dizer com isto é que em comparação a outros crimes, estes pedófilos apanharam 7 ou mais anos de cadeia enquanto assasinos e outros violadores foram postos em liberdade, porque não são todos condenados da mesma maneira? Com penas justas e executáveis, não daquelas em que se condena 10 e eles cumprem 2.

Mas afinal, que justiça é esta?

1 comentário:

  1. Olá Lobo Solitário! Andava a passear na blogosfera e o teu blog, pelo título, chamou-me a atenção (desde logo porque me senti identificada com o mesmo, versão feminina). Gostei tanto, que resolvi começar a lê-lo do início. Aqui chegada, e sendo eu jurista, não pude deixar de comentar.
    Pois é, esta justiça também anda "à rasca", como agora se diz, lol. (Atenção, não foi uma crítica às reivindicações desta geração, à qual até pertenço, mas ao nome que lhe arranjaram, com o qual não con cordo).
    Mas ia eu dizendo...
    Concordo contigo quando de certo modo te indignas que uma pessoa condenada a 10 anos de prisão, acabe por cumprir só uma parte da pena. É algo que também não me parece que esteja bem. Mecanismos de defesa para os arguidos, tudo bem. Mecanismos de reinserção dos mesmos na sociedade, tudo bem, mas penas semi-cumpridas, por bons comportamentos e tal, é algo que critico. Parece que se anda a brincar com um sistema judicial inteiro.
    Quando dás a entender que não são todos condenados da mesma forma, já não posso concordar. Porque de facto, são-no. Podemos estrapolar acerca do mediatismo do caso na sociedade e respectivas influências no colectivo de juizes que julgou (nas quais eu não acredito), mas não nos podemos esquecer que no caso Casa Pia estávamos a falar não de um crime, como em todos os exemplos que enunciaste, mas em vários crimes. A pena a que se chegou resultou de um cúmulo de várias penas aplicadas a cada um dos crimes, onde ainda se teve em conta diversas atenuantes (antecedentes criminais, etc...), porque a lei a isso obriga. Portanto, se pensares em penas totais de 7 anos para pessoas que estavam acusadas de 4 ou 5 crimes, dará o quê? 1, 2, 3 anos por cada crime, o que não me parece (segundo os limites legais e os crimes que estavam em causa, despropositado ou injusto). Por isso, não podemos comparar casos em que o arguido foi condenado apenas pela prática de 1 crime com casos em que estão vários crimes em causa.
    Porque é que alguns são postos em liberdade e outros são condenados? É como dizes, se foram julgados e condenados, é porque existem provas. É tudo uma questão de se conseguir (o Ministério Público ou o advogado de acusação, após a devida investigação criminal)apresentar provas no julgamento (onde se produz grande parte da mesma). E sempre que essas provas não sejam suficientes para condenar alguém, existe o conhecido princípio - in dubio para o réu, ou seja, na dúvida, absolve-se. Porque não te esqueças, mais vale um culpado em liberdade do que um inocente na prisão.
    No caso em concreto, e deixando de parte a minha opinião sobre se os arguidos serão ou não culpados, fico-me também pelo que dizes - se foram condenados é porque existem provas. Sei que a justiça já teve melhores dias, mas acredito na isenção e na imparcialidade daqueles juízes. Acredito na sua preparação técnica. E não esqueçamos que são 3 (estarão todos errados???). Enfim...
    Gostei muito do teu blog. Vou seguir atentamente a partir de agora. Beijinhos

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