sábado, 14 de abril de 2012

Futuro II

Em resposta ao comentário de um Anónimo sobre o porquê de não seguir Medicina, tenho a dizer que essa ideia já me passou pela cabeça e enquanto tive na UNL, fiquei com uma enorme vontade de seguir aquilo. Porém não seria clínica, optaria pela investigação.
Mas há um entrave, a média. Digamos que não tenho uma média muito alta para entrar em Medicina e por vezes os estágios são em Clínicas e eu detesto isso. Um bom argumento de eu não ir para Medicina Clínica é pelo simples facto de eu ser muito meticuloso e preferir mortos a vivos, porque os mortos... já tão mortos. LOL
Acho muito mais piada a descodificar uma cena de crime ou um esqueleto. Encontrar o criminoso e identificar o cadáver. Acho que é tão gratificante como a Medicina, não salvamos vidas, mas fazemos justiça.
E uma das razões para a qual quero me especializar em Antropologia Forense (depois de Ciências Forenses, claro) é que poderem juntar duas coisas que eu adoro, História e Biologia. Poderei trabalhar com múmias, reis, mártires de guerra e mudar a História. Lembro-me de há algum tempo atrás ouvir uma reportagem sobre a antropóloga forense portuguesa, a Drª Eugénia da Cunha, em que esta estava decidida em estudar os restos mortais do D. Afonso Henriques e atribuir-lhe uma cara, a qual possamos ligar o nome. O problema é que ainda não tinha sido autorizada (não percebo porquê, afinal a história do passado faz-nos entender o presente) e duvidava que isso acontecesse. Fiquei maravilhado com a reportagem e seria uma honra para mim fazer parte de tal projeto. Ainda por cima é ela a coordenadora do Doutoramento em Antropologia Forense na Universidade de Coimbra (o qual eu gostava de tirar).

Já quis ser Veterinário, Professor, Engenheiro Informático, Historiador, Egiptólogo, Antropólogo e agora mantenho-me nas Ciências Forenses e dou graças a Deus por faltarem poucos meses para estar tudo decidido ou ainda mudava de ideias outra vez.

6 comentários:

  1. não faço a mínima de como é o mercado para a profissão que escolheste. Haverá futuro?

    Eu não teria estômago :D

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    1. Como disse, aqui em Portugal é dificil, visto que ainda não abriram um Departamento na PJ, mas com o passar do tempo, pode ser que se decidam.
      Uma coisa é certa, cá ou lá fora, crime é coisa que não falta.

      Eu tento ter um pouco de estômago, controlo-me. Não seria agradável vomitar na cena do crime.

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  2. Se fosses para Medicina, entretanto, mudavas de ideias. A verdade é que no secundário temos uma ideia muito romantizada das profissões, especialmente na área da saúde que é constantemente representada no pequeno ecrã de forma absolutamente fantasiosa.
    Acho que a probabilidade de alguém querer seguir investigação depois de entrar em Medicina, é muito muito reduzida, já para não falar de que tens de ser dos melhores do curso, ou seja, ser o melhor de entre os melhores, tendo em conta que os cursos de Medicina têm a elite dos estudantes portugueses - "a verdadeira nata da nata".
    Podes sempre repetir os exames nacionais e tentar melhorar as notas.
    Esse curso de Ciências Forenses, por muito bom que seja, tem saídas demasiado limitadas, para não dizer que é um real tacho dessa universidade privada para suportar o curso que de facto move a instituição - Medicina Dentária.
    Como se não bastasse, essa licenciatura nem sequer existe no ensino superior público. Isto porque quem quer seguir investigação comete um erro crasso em escolher um curso muito específico ou direccionado para uma só área. Em investigação, a licenciatura é uma formação base e como tal quer-se o mais abrangente e multidisciplinar possível (dentro da área científica é claro) de forma a seguir para o mestrado e ,finalmente, doutoramento.
    Tendo em conta tudo o que escrevi em cima aliado ao teu gosto e aptidões pessoais aqui expressados - e espero que não leves a mal, estou honestamente a tentar ajudar - aconselhava-te a ver os seguintes cursos: Ciências Farmacêuticas (o melhor curso da área da saúde para investigação e com excelentes saídas profissionais, dado que sendo um mestrado integrado te permite exercer a tua actividade profissional e ser bem remunerado imediatamente após a conclusão do curso), Farmácia (embora seja preferível Ciência Farmacêuticas, dado que este é uma licenciatura e os conhecimentos são francamente menores e pouco complexos ao comparar os dois cursos) e Bioquímica ou Biologia (nestes necessitas depois de prosseguir os estudos em mestrado... e o desemprego é relativamente elevado).
    Contundo, do pouco que li, ainda não consegui perceber bem quais são as tuas notas e que tipo de aluno és. Ressalvo, ainda assim, que é necessário adequar as expectativas futuras à nossa capacidade de trabalho e aptidão para aprender - por outras palavras, convém ajustares esta escolha de curso às médias exigidas por cada faculdade.
    Boa sorte :)

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    1. Adorei o teu comentário, esclareceu-me bastante.
      Tive 14 no exame de BG e a minha média deve variar entre o 12 e o 15, no máximo, por isso não sei.

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  3. Bem, o anónimo fez-me o trabalho todo, e de uma forma muito mais completa. Não acrescento uma palavra ao que ele disse, e também não gosto muito da Egas Moniz.

    Já agora, como é que encararias a hipótese de ires trabalhar para fora?

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    1. Porque não gostas da Egas Moniz?
      A hipótese de ir trabalhar para fora está na mesa à muito tempo e é um dos meus objetivos. Não tenho vontade de continuar a minha em Portugal, pelo menos por agora. Sempre tive uma grande fixação por Londres, sempre amei o Pais e a cultura britânica, por isso é uma das opções.

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Váááá, escreve lá no que estás a pensar, vá lááá, não sejas preguiçoso. :x