domingo, 15 de agosto de 2010

The End

Tentei, mas não deu. Voltámos a discutir e aí fui eu que disse CHEGA! Já não dá mais, eu amo-o mesmo, mas não é saudável estarmos todos os dias a discutir.
Amei todo o tempo que estive com ele, amei todos os segundos. Ainda consigo sentir a lingua dele a passar sobre o meu pescoço a fazer-me arrepios na espinha. Ainda me lembro de quando ele me começou a beijar do pescoço até à virilha. Ainda me lembro de nos enrolarmos e roçarmos um no outro quase até nos virmos, ou do gemido que ele deu quando pressionei o dedo naquele buraco que a gente sabe. Ou até mesmo quando nos masturbámos um ao outro. E não são só estas coisas badalhocas, são todos os sentimentos que nós trocávamos um pelo outro, todos os gestos, todas as palavras, ele é único.
O Miguel vai ficar cravado na minha memória para sempre e não o vou esquecer assim tão facilmente, vai demorar bastante tempo.
E por pura coincidência hoje de manhã ouvi uma história de um casal hetero que discutia todos os dias e acabaram por se matar à facada um ao outro. Quando ouvi isto arregalei muito os olhos e fiquei tipo: MAS QUE RAIO??
E então lembrei-me de uma história que combina amor e morte ao mesmo tempo e achei este video lindissimo que me fez chorar, tem tanta pureza e verdade. Eu sei, Romeu e Julieta é uma história, mas não é um conto de fadas, é uma história de amor, luta, ódio e sofrimento, que pudia muito bem se passar nos dias de hoje. E a verdade é que tenho tantas comparações... Amor proibido, pais, possivel separação e a única solução é a mais perigosa e díficil.


Deixo-vos com o video:




"Aqui, aqui mesmo ficarei
junto aos vermes que são seus servidores;
aqui estabelecerei minha morada eterna,
libertando do peso das estrelas funestas este corpo cansado do mundo.
Meus olhos olhem pela última vez!
Meus braços abracem pela última vez!
E lábios, que são portas do alento,
selem com um beijo legítimo este pacto a prazo com a morte voraz! (...)

Agora, morro com um beijo!..."

Fiquem bem! abraços

PS: Agradeço todos os comentários de apoio e acho um deles genial: Na adolescência nós não amamos, nós gostamos, penso que só começamos a amar verdadeiramente por volta dos 18, quando estamos realmente maduros

4 comentários:

  1. Vou até mais longe e digo que hoje em dia nem é aos 18 mas costuma ser mais tarde do que isso. No tempo dos nossos pais era diferente, não haviam as distracções que hoje temos, não havia possibilidade de estar ligada a tanta gente como hoje temos com a internet. E isso muda tudo, muda toda a nossa experiência adquirida. Se é para melhor ou pior, isso acho que só se saberá a longo prazo. Por enquanto parece que tem sido pior para as relações duradouras (cada vez mais divórcios)... mas até que ponto isso é melhor para o desenvolvimento pessoal?? Do crescimento como pessoa, como ser humano, como espírito?

    Enfim, isto é apenas raspar a superfície da questão que tem muito mais que se lhe diga hehe.

    Paixão sim, sem dúvida! Novas experiências, novos sentimentos tão bons a que nos queremos agarrar mas... (há sempre um mas) em troca da ilusão do amor ou daquilo que julgamos ser o amor e que mais tarde vais perceber que não é ;)

    Um grande abraço e as melhoras

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  2. Olá André, seu bem o que estás sentindo, dou a você minhas forças de apoio e sei que irá superar isso. Eu adicionei você no msn, se quiser aceite, caso não queira irei entender. beejo

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  3. Força André Força!
    Continua a procurar porque acredito que um grande amor nasça de uma grande amizade.
    Um abraço forte! :)

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  4. antes terminar assim do que numa altura em que sofram mais. Boa recuperação!

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